Meta Quest 3S - Review à realidade virtual

Quando vi o Meta Quest à venda na Amazon, fiquei hesitante se deveria comprar ou não o equipamento. Para quem não sabe, o Meta Quest são óculos de realidade virtual que prometem uma experiência imersiva, mas as minhas experiências anteriores colocaram uma dúvida em mim.




Como tudo começou com a realidade virtual e como cheguei ao Meta Quest 3S

A Alcatel é uma marca que está no meu coração por ter sido a marca do primeiro telemóvel que me foi oferecido pelo meu irmão. O telemóvel era um One Touch Easy foi comprado através de um programa de pontos da Galp, uma rede de postos de combustível, e tinha como vantagem funcionar a pilhas.

Isto foi há imensos anos atrás, talvez uns 25 anos mas a Alcatel teria ainda um outro momento na minha vida. Um dia comprei um Alcatel Idol 4S que vinha com uns óculos de realidade virtual ao qual se podia acoplar o telemóvel.

Há muitos anos perdidos no passado, este foi o modelo do meu primeiro telemóvel


Este foi o primeiro momento de contacto com a realidade virtual, um momento de fascínio no qual pude ver um espectáculo de ballet, com músicos e bailarinos à minha volta estando eu no meio do palco.

Mas a experiência rapidamente se tornou cansativa. A navegação não era a melhor e os conteúdos bem limitados. A qualidade era sofrível mas era o que havia na altura.

Alcatel Idol 4S foi o meu primeiro dispositivo de realidade virtual

Dando um salto no tempo, a Apple lançou algo que se tornaria uma espécie de golden standard da realidade virtual, os chamados Apple Vision Pro que não se vendem em Portugal mas que tive oportunidade de experimentar uma sessão de demonstração numa viagem ao estrangeiro.

Devo dizer que aquilo que as minhas expectativas em relação à realidade virtual foram ultrapassadas em muito. Não estava preparado para aquilo que experimentei.

Porém, os Apple Vision Pro custam uns $3500 (sem impostos) e não sou rico para comprar algo tão caro. Eis que entram em cena os Meta Quest.

Pesquisei imensas coisas na Internet e estava na dúvida se deveria comprar o Quest 3 ou o Quest 3S. A qualidade do 3 é superior ao 3S mas também o preço. O Meta Quest também não se vende em Portugal, mas dá para comprar pela Amazon com a possibilidade de devolver em 30 dias caso não seja do agrado do cliente.

Assim, após ponderar o uso que lhe daria e com a possibilidade de devolução pela Amazon comprei o 3S. Só posso fizer que estou muito feliz com a aquisição. Ainda veio com 3 meses de Meta Quest+ (serviço de assinatura dá direito a jogos grátis todos os meses) e um jogo do Batman.

Preço do Meta Quest na Amazon vs Preço do Apple Vision Pro


Apesar de ser possível usar a conta do Facebook ou do Instagram, eu queria manter em separado a minha diversão dos meus perfis, criei uma conta só para utilizar nos óculos. Devo dizer que todo o processo de configuração foi bastante simples.

Em termos de conforto, o dispositivo é bem tolerável, bem mais do que o Apple Vision Pro porque o peso é menor, o sistema de ajuste na cabeça parece ser melhor e não existem cabos ou baterias em separado. O Meta Quest 3S tem a bateria integrada no dispositivo enquanto que o Apple Vision Pro tem um cabo e uma bateria externa.

Ver Youtube num ecrã gigante é uma experiência interessante, a qualidade de imagem dos vídeos imersivos disponibilizados pelo Meta Quest TV não são iguais aos da demonstração que vi do Apple Vision Pro. Neste campo, a Apple ganha de forma incontestável, porém a qualidade no Meta Quest 3S é o suficiente para entreter.

Quanto aos jogos posso garantir horas de diversão. Há jogos que usam realidade mista, em que os elementos do jogo se fundem com a divisão da casa onde se está. Exemplo são First Encounters onde apanhamos pequenos alienígenas que entram pelas paredes, ou Bam que uma arena virtual aparece e temos que controlar um pequeno robô para conquistar uma coroa.

Quanto aos que que são imersivos, temos um que nos faz suar e mexer, o Beat Saber em que estamos de cortar pequenos cubos voadores e desviar de blocos que voam na nossa direcção ao rimto da música.



Temos ainda clássicos como o Fruit Ninja em que cortamos frutas com espadas e temos que evitar as bombas. Isto completamente em 3D, completamente imerso numa arena.

Há ainda a possibilidade de jogar jogos mais tradicionais da Xbox (sem imersão) através do serviço de cloud gaming da Microsoft. As vantagens é que o ecrã pode ser tão grande como o das maiores TV que se encontram nas lojas.

Após uma semana de uso, eis os pontos positivos e negativos:

Positivos
  • Experiência imersiva
  • Catálogo jogos e aplicações variado.
  • Divertido, tem jogos de realidade mista (virtual e do ambiente onde se está)
  • Único, não tem nada parecido.
  • Bom para quem quer se mexer (tem aplicações de exercício e de coordenação motora)
  • Bom para ver filmes numa tela gigantesca
  • Dá para jogar Xbox através do serviço de cloud gaming
  • Preço. A relação entre o custo / benefício é inegável.
Negativos
  • Bateria dura 2 horas (+/-).
  • É preciso ajustar bem os óculos para não ficar desfocado.
  • Ás vezes na visão periférica fica meio desfocado.
  • As câmaras que permitem ver o que se está à volta não são em alta qualidade (apesar de não comprometer em nada).

Em breve vou começar a publicar review de jogos e aplicações do Meta Quest. Se estão interessados fiquem atentos.

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